Parece um troglodita. Hibernou no tempo do homem de Neanderthal, num espaço exíguo e escuro, até ter concluído o seu ciclo evolutivo.
O homem procura outros contrastes, outros isolados como ele com corpos e atitudes semelhantes. Percorre o espaço com uma inquietação viva, seguindo as pegadas impressas no chão. Porém, o tempo é curto estas marcas começam a perder o brilho, julga ser impressões de homens que desapareceram há muito tempo.
O insólito acontece. Chegou até ele uma estranha figura, colossal, com asas e cabeça de galo. No entanto, este estranho ser não voa, anda. Até parece que fala. Com ar decidido, cacareja sons imperfeitos, imperceptíveis ao conhecimento.
Não me lembro do dia em que fiz este trabalho. Os motivos são sempre um mistério, circunstâncias próprias do momento. Acho que foi feito rapidamente, como um apontamento.
Não importa. Está feito!
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